segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ambientalismo


Animais em Extinção
Com a redução das florestas e o tráfico de animais silvestres, muitas espécies de animais estão entrando em extinção. Governos de diversos países e sociedades protetoras de animais tem investido recursos para evitar tal violência contra os animais.
Pesquisas e causas da extinção de espécies animais 
As últimas pesquisas apontam que milhares de espécies animais foram extintas nos últimos cem anos. Muitas destas espécies jamais serão conhecidas por gerações futuras. Sabemos que, muitas delas, poderiam revelar ao homem informações importantes sobre o meio ambiente e até mesmo a cura para determinados tipos de doenças. 
Os cientistas não conseguem calcular com exatidão o número de espécie de seres vivos que habitam o nosso planeta. A diversidade biológica é muito grande, porém estima-se que haja em torno de 10 a 15 milhões de espécies da fauna, flora e microorganismos. Deste total, de 5 a 8 milhões seriam insetos, 400 mil seriam plantas, 60 mil de animais vertebrados, 5 mil mamíferos e 10 mil aves.
O relatório Planeta Vivo, elaborado pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza), aponta uma queda significativa na quantidade de espécies entre 1970 a 1995. Este estudo monitorou diversas espécies e chegou a triste conclusão de que 35% dos animais de água doce foram extintos neste período. Com relação aos animais marinhos, a perda foi maior, pois atingiu a ordem de 44%.
Um outro relatório importante, fruto de pesquisas, também apontou dados preocupantes. A União para a Conservação da Natureza ( UICN ) mostrou que um quarto das espécies conhecidas pelo homem estão ameaçadas de extinção. Entre estes animais, podemos destacar: o panda gigante da China, o elefante africano, o cervo-da-tailândia, o cavalo selvagem da Europa Central, o bisão da França, a baleia-azul, o leopardo, o lobo-vermelho, o orangotango, entre outros.
Entre as espécies vegetais, podem desaparecer do planeta as orquídeas de Chiapas, no México, e as bromélias da América e da África. 
No Brasil a situação não é diferente. O tráfico de animais silvestres, as queimadas e as agressões aos ecossistemas colocaram vários animais brasileiros na triste lista dos animais em extinção. São alguns exemplos: ararinha, arara-azul, Cachorro-vinagre, Cervo-do-Pantanal, jaguatirica, lobo-guará, mono-carvoeiro, mico-leão-dourado, onça-pintada, tamanduá-bandeira, tatú-canastra, veado-campeiro, entre outros.
elefante africano - animal em extinção Elefante Africano: animal em extinção  
No ano 2000, a revista Nature divulgou a existência de 25 locais da biodiversidade mundial que devem receber uma atenção urgente por parte das autoridades, pois são regiões que concentram um maior número de animais em vias de extinção. Entre estas regiões, a revista destacou: as florestas africanas, Cordilheira dos Andes, Mata Atlântica e Cerrado Brasileiro.
Conclusão : 
Infelizmente o homem tem demonstrado uma dificuldade grande em viver em harmonia com a natureza. As espécies animais e vegetais sempre foram vítimas da violência e degradação proporcionadas pelo ser humano. A ganância e o desrespeito do ser humano sempre foram constantes na relação entre homem e natureza. Temos muito a aprender com os indígenas neste aspecto. Eles sempre souberam respeitar a natureza, pois sabem que sua existência depende diretamente do meio ambiente. Pena que o homem branco "civilizado" também tem ameaçado de extinção dos indígenas.
Poluição da Água
A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada.

                   Falta de água 



Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista Science (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo. Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser humano.
Causas da poluição das águas do planeta 
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.
Problemas gerados pela poluição das águas 
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.
Soluções 
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro pouco distante.
Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.
Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas: não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.



Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista Science (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo. Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser humano.
Causas da poluição das águas do planeta 
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.
Problemas gerados pela poluição das águas 
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.
Soluções 
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro pouco distante.
Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.
Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas: não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.

Os anfíbios








Anfíbios






Características gerais
Os anfíbios formam uma das sete classes de que se compõem os vertebrados. Têm quatro extremidades, ou patas, que alguns perderam ao longo de sua evolução, e sua temperatura corporal varia com a do ambiente (são, portanto, poiquilotermos). Assim, quando cai a temperatura ambiente, também cai a dos anfíbios, que entram em hibernação nos meses mais frios. O embrião dos anfíbios carece de âmbito, membrana protetora que, nos répteis, nas aves e nos mamíferos, forma uma cavidade repleta de líquido. O ciclo vital desses animais transcorre em dois ambientes, aquático e terrestre, e eles se distribuem por todo o mundo. Alguns apresentam aspecto externo semelhante ao dos répteis.
Os anfíbios apareceram há cerca de 280 milhões de anos, no período devoniano. Os primeiros seres que apresentavam características anfíbias eram protegidos por couraças externas. Sua época de apogeu se situou entre o carbonífero e o permiano: os fósseis encontrados demonstram a existência, nessa fase, de algumas espécies de grandes dimensões.
Pele e glândulas: A pele desses animais não apresenta outra cobertura que não seja a propriamente dérmica, exceto no caso dos anfíbios carentes de extremidades, isto é, ápodes, e de alguns sapos que têm escamas. É uma pele úmida e de textura muito fina, característica vital, já que através dela os anfíbios respiram (respiração cutânea). Além disso, está coberta de glândulas, na maior parte mucosas, que a lubrificam e lhe dão o aspecto característico: viscoso e escorregadio. Os anfíbios também possuem glândulas venenosas com aparência de verrugas, que produzem secreções irritantes e tóxicas para outros animais. Algumas espécies apresentam na cabeça duas dessas verrugas: são as chamadas glândulas parotóides.
A pele experimenta trocas periódicas, ou mudas. A cor é muito variável, desde o verde, com seus diversos matizes, até o vermelho, passando pelo amarelo, alaranjado, branco etc. A variedade de tons se deve às numerosas células pigmentares da epiderme.
Aparelho locomotor: A adaptação à vida em terra fez com que os anfíbios desenvolvessem extremidades dotadas de dedos, quatro nas anteriores e cinco nas posteriores, e impôs uma série de modificações na coluna vertebral: as mais importantes são o reforço da pélvis e o aparecimento de uma vértebra especial no pescoço, o atlas, que favorece a mobilidade da cabeça. O resto do esqueleto apresenta diversas simplificações: as costelas são bem rudimentares e, no crânio, muitos ossos estão fundidos e outros são cartilaginosos.
A necessidade de deslocamento no meio terrestre ocasionou o desenvolvimento dos músculos das extremidades.
Respiração: Como foi assinalado, a respiração cutânea tem grande importância nos anfíbios. Uma elevada percentagem do intercâmbio gasoso desses animais com o meio se realiza por tal processo. As larvas apresentam respiração branquial (algumas têm brânquias ramificadas externas). Nos adultos aparecem pulmões em forma de saco, que têm um grau variável de irrigação por vasos sangüíneos.
Aparelho circulatório: A circulação nos anfíbios adultos é dupla, já que apresentam um circuito pulmonar de vasos e outro que percorre o resto do corpo. No entanto, é incompleta, pois não existe separação total entre o sangue arterial e o venoso, registrando-se certa mistura dos dois. O coração consta de três cavidades: duas aurículas e um ventrículo.
Alimentação: Em geral, os anfíbios se alimentam de insetos, embora as espécies mais corpulentas, como a rã-touro americana, cheguem a capturar peixes e pássaros. A língua, pegajosa, projeta-se para fora da boca a fim de capturar as presas e se retrai. Possuem dentes de pequeno tamanho. O reto, parte final do intestino, desemboca numa cloaca a que também se liga a bexiga. Os dejetos líquidos que se geram no corpo são expulsos pelos rins e condutos urinários.
Sistema nervoso e órgão dos sentidos:
 O sistema nervoso é relativamente pouco desenvolvido. Os olhos se situam dos dois lados da cabeça e é muito limitado o campo de visão binocular, isto é, aquele em que se superpõem as imagens dos dois olhos, determinando com precisão distâncias e relevos. A pupila, que dispõe de grande capacidade de dilatação, em algumas espécies apresenta-se como uma franja vertical, enquanto que, em outras, freqüentemente tem forma circular ou de coração.
Atrás dos olhos ficam as aberturas dos ouvidos, com a membrana do tímpano, mediante a qual são captadas as vibrações sonoras. Os anfíbios dispõem, no palato, de um órgão olfativo especial, denominado órgão de Jacobson, com o qual detectam suas presas, e que é muito desenvolvido nas salamandras.
Reprodução: A reprodução dos anfíbios quase sempre se dá no meio aquático. Nos tritões e nas salamandras, a fecundação é interna: o macho introduz o espermatóforo, espécie de saco de espermatozóides, no corpo da fêmea, por meio de uma expansão da cloaca. Nos sapos e nas rãs é externa. Na época do cio, os machos desses anfíbios emitem sons ruidosos (o "coaxar") por meio de seus sacos vocais e formam verdadeiros coros em que vários indivíduos cantam alternadamente. Durante o acasalamento montam sobre as costas das fêmeas, que costumam ser maiores do que eles. O casal permanece unido e imóvel em longo abraço, que pode prolongar-se durante horas, até que a fêmea expele os ovos, que são fecundados pelo esperma do macho na água.
Os ovos se dispõem em longos cordões ou fileiras, envoltos por uma bainha gelatinosa, e se depositam no fundo de águas paradas. Todos os anfíbios sofrem metamorfose. Assim, o aspecto da larva não é igual ao do adulto, especialmente no caso de rãs e sapos, nos quais é dotada de cauda e se chama girino. Pouco a pouco, as larvas vão desenvolvendo as extremidades, primeiro as anteriores e depois as posteriores, enquanto a cauda se reduz progressivamente até desaparecer. Também se formam os pulmões e as brânquias degeneram. Esse processo é regulado pela tireóide, glândula que promove o metabolismo e o desenvolvimento e que, para atuar, depende da presença de iodo no organismo. Na ausência desse elemento, a metamorfose não se processa. Muitos anfíbios conservam o aspecto larvar durante grande parte de sua vida e até ao longo de toda ela.
Comportamento: Durante sua época ativa, os anfíbios se mantêm escondidos nas margens dos cursos d,água que freqüentam ou submersos em rios e córregos. A intervalos regulares, saem para respirar e permanecem agachados em meio às plantas da margem, esperando a passagem de suas presas. Na época do frio hibernam: sua atividade e seu metabolismo decrescem e eles se ocultam em buracos ou na lama até passarem os meses de inverno. Às vezes, como ocorre entre as salamandras, vários indivíduos se agrupam para passarem juntos a fase de hibernação.
A maior parte dos anfíbios tem vida diurna. Só algumas espécies, como os sapos e as salamandras, desenvolvem suas atividades à noite.
Ecologia e distribuição: Os anfíbios se distribuem por todo o mundo, exceto no continente antártico, e vivem em estreita relação com o meio aquático. Não resistem à água salgada e por isso seu habitat se limita às águas continentais: lagos, pântanos e charcos, lamaçais, rios etc.
Os tritões e as salamandras habitam zonas de grande altitude. Outros, batráquios como o sapo Bufo alvarius, dos Estados Unidos, povoam regiões áridas e até desérticas. Certas rãs, como as pererecas, são arborícolas, e possuem almofadinhas adesivas em forma de disco nas pontas dos dedos. Nesse grande grupo existem também espécies cavernícolas, como o proteu.
Classificação
A classe dos anfíbios se divide em três ordens: a dos anuros ou batráquios, que não têm cauda e à qual pertencem rãs e sapos; a dos urodelos, dotados de cauda e com aspecto de répteis, que inclui salamandras e tritões; a dos ápodes, sem patas, na qual se classificam as cecílias -- também conhecidas como minhocões e cobras-cegas --, anfíbios de aparência vermiforme.
Os anuros: A ordem dos anuros engloba os anfíbios que, em estado adulto, não têm cauda e são adaptados ao salto, graças ao comprimento e à força de suas patas posteriores. Possuem sacos vocais que lhes permitem emitir diferentes sons, que se tornam característicos durante a época de acasalamento.
A rã dos pântanos (Rana ridibunda), cuja área de distribuição compreende o sudoeste e o leste da Europa, é de cor verde-oliva e apresenta numerosas manchas circulares escuras no dorso e nas patas. Vive em grupos, e passa a maior parte do tempo na água, inclusive na época de hibernação.
Originária da América do Norte, a rã-touro (Rana catesbyana) é um dos anfíbios de maior tamanho. Chega a medir vinte centímetros do focinho ao fim do dorso e, por sua corpulência, alimenta-se de presas de certa envergadura, como outras rãs, peixes, pássaros e até pequenos mamíferos.
Maior ainda é a rã gigante africana (Rana goliath), que ultrapassa trinta centímetros de comprimento, medidos, como na anterior, do focinho à extremidade das costas. Com as patas esticadas, pode chegar a setenta centímetros, e seu peso alcança dois quilos. Vive nas selvas da África oriental.
A perereca (Hyla arborea) habita as copas das árvores, tem forma esbelta e é dotada de discos adesivos nos dedos para facilitar sua aderência aos galhos e ramos.
Caracterizado por sua cabeça achatada, larga e triangular, que lhe dá um aspecto muito específico, o cururu-pé-de-pato (Pipa pipa) mede cerca de vinte centímetros de comprimento e vive sobretudo na América do Sul. Os ovos são incubados em dobras da pele do dorso que parecem pústulas.
O sapo comum (Bufo bufo) é de cor parda, pode medir 15cm de comprimento e tem a pele cheia de verrugas. Está representado em quase todas as regiões do mundo. No Brasil, há sapos e rãs de diversos gêneros e grande quantidade de espécies, inclusive dendrobatídeos perigosamente peçonhentos e sapos de curiosas denominações regionais, como o sapo-boi ou sapo-gigante (Bufo paracnemis), o sapo-cururu (Bufo marinus), o sapo-canoeiro (Phrynohias hebes), o sapo-ferreiro (Hyla faber Wied) e o sapo-de-chifre ou untanha, dos maiores, assim como a rã-pimenta (Leptodactylus pentadactylus), a rã-assobiadora, a rã-do-banhado etc.
Os urodelos: A ordem dos urodelos é integrada por anfíbios dotados de cauda e a ela pertencem as salamandras, os tritões e os proteus.
A salamandra comum (Salamandra salamandra) se estende amplamente pela Eurásia e pelo norte da África. Apresenta uma coloração característica, constituída por manchas alaranjadas sobre fundo negro ou por listras negras sobre fundo amarelo. Vive em zonas montanhosas, tem costumes noturnos e pode ser encontrada com certa facilidade depois da chuva, já que, como os demais anfíbios, é atraída pela umidade.
A salamandra gigante do Japão (Megalobatrachus japonicus) chega a medir até um metro e meio de comprimento e vive em torrentes de água clara e de fundo rochoso. São animais longevos, e alguns exemplares chegaram a viver em cativeiro até sessenta anos.
O tritão de crista (Triturus cristatus) é uma espécie eurasiática de cor parda com manchas circulares negras e ventre amarelado. Os machos no cio apresentam uma crista chamativa que lhes percorre o dorso e a cauda.
Um curioso anfíbio é o axolotle tigrado (Ambystoma tigrinum) que vive na América do Norte, principalmente no México. Esses animais foram mencionados já no século XVI pelo cronista Gonzalo Fernández de Oviedo, que os confundiu com peixes dotados de patas. Foi Georges Cuvier quem os classificou como anfíbios, depois de mantê-los vivos num aquário. Esses espécimes, iguaria muito apreciada pelos astecas, conservam em determinadas condições sua fase larvar podendo, inclusive, reproduzir-se nesse estado.
O proteu (Proteus anguinus) é de cor esbranquiçada, vive em cavernas e possui brânquias externas, como no estado larvar, e extremidades curtas e muito delgadas. Por causa do tipo de vida cavernícola, tem os olhos atrofiados.
Os ápodes: A ordem dos ápodes, ou gimnofionos, é composta pelas chamadas cecílias. São anfíbios carentes de extremidades e com aspecto de pequenas cobras. Os ovos, de grande tamanho, são depositados em cavidades escavadas em terra úmida. Alguns espécimes podem alcançar um metro de comprimento, como ocorre com certas cecílias americanas.

Os peixes

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Mas como eles se distribuem pelo planeta?

Os peixes ocupam as águas salgadas
 dos maresoceanos e as águas doces dos rios,
lagos e açudes.
Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies,
das quais mais da metade vive em água salgada.
O tamanho médio dos peixes pode variar de um
centímetro a até cerca de 18 metros.
Provavelmente, foram os primeiros vertebrados
a surgir na Terra, e eram pequenos, sem mandíbula,
tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma
carapaça revestindo seus corpos. Na evolução,
houve uma série de adaptações que
representaram aos peixes melhores
condições de sobrevivência em seu
habitat não ter couraça pesada,
ser nadadores velozes, ter mandíbulas
e poder morder.

Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os peixes tornaram-se também eficientes predadores.
Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e doce, e continuam assim até hoje.
Características que favorecem a vida na água
Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:
  • corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
  • presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
  • corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;
  • musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.
A temperatura corporal
Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu corpo varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral mantém-se mais ou menos próxima à temperatura ambiental.
Respiração e circulação de sangue
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.



Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.
Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
  • Bolsa olfatória - São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância.
  • Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas lacrimais.
  • Linha lateral - É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicam-se com um canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em águas turvas.


Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
  • esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
  • presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
  • boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamadacloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
 
Tubarão-Frade (Cetorhinus maximus)

Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos, cavalos-marinhos, pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
  • esqueleto predominantemente ósseo;
  • presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
  • boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
  • presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e diminuir de volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra - favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos estável numa determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a natação.

Reprodução dos peixes

A maioria dos peixes ósseos apresentafecundação externa: a fêmea e o macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um espermatozóide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.
Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz seus espermatozóides no corpo da fêmea, onde os óvulos são fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas menores.
Ao lado: O peixe Paulistinha na fase larval (acima) e na fase adulta (ao lado); espécie é muito usada em pesquisa biomédica
Curiosidade:  
- Os peixes-elétricos conseguem produzir corrente elétrica através de músculos especiais que possuem no corpo. A maioria produz uma corrente elétrica de baixa potência, porém, existem espécies que a eletricidade gerada pode afetar um homem. Existem, aproximadamente, vinte espécies de peixes-elétricos no mundo.
- A Ictiologia é o ramo da Zoologia que se dedica ao estudo dos peixes.